quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Lavrando em Campo Novo (Jr.4.3 )



O texto citado de Jeremias 4.3 está sendo uma convocação para que o povo de Israel pudesse voltar inteiramente ao Senhor, pois, o povo tinha abandonado a Iahwer (Jeová) e ido em busca de baal (conhecido pelos cananeus como deus da fertilidade). Deus faz este chamamento como alerta de urgência porque um grande mal estava se aproximando com veemência, vindo do norte, que era o grande império da Babilônia.

Esta volta a Deus seria a conversão sincera, pois, o Deus de Israel cobrava um diferenciamento das outras nações. Para esta convocação, Deus usa a circuncisão como sinal visível dele no povo de Israel daquela época. Muitos eram circuncidados, mas não viviam a dimensão da circuncisão, que era se separar ou se guardar para Deus. Por isto, Deus pede a circuncisão do coração: “Circuncidai-vos para o Senhor, circuncidai o vosso coração”.

Sendo assim, através deste texto, gostaria de falar sobre uma pessoa que quer converter-se, e ser um diferencial, separada para Deus. Mas que para isto acontecer, é necessário permitir o trabalhar de Deus no nosso coração endurecido por causa de feridas e mágoas. Então, precisamos tomar atitudes e recomeçar.

Por que é necessário recomeçar?

1. Porque é tempo de lavrar:

Lavrar o solo é abrandar, mexer o solo endurecido. Muitas vezes nós queremos recomeçar, mas, não queremos mexer com aquilo que está endurecido. Em outras palavras, muitos querem recomeçar, mas esqueceram de fazer concerto, de pedir perdão, de pedir desculpas, de deixar Deus mexer na ferida... É mais fácil, humanamente, deixar isto endurecer com o tempo do que deixar Deus tratar.

· Se o solo não tiver arado, a água e os nutrientes necessários não chegam às raízes, fica superficial: Quando tem algo no passado mal resolvido e que a pessoa constantemente fica relembrando, e jogando na cara do outro a respeito do erro, significa que não houve perdão, concerto... Temos que parar de ser superficiais, cristãos superficiais, cônjuges superficiais, amigos superficiais. Em qualquer relação temos que ter transparência e maturidade.

· Sem a preparação não adianta chuva: Oséias10.12-13a: “Então, eu disse: semeai para vós outros em justiça, ceifai segundo a misericórdia; arai; arai o campo de pousio; porque é tempo de buscar ao Senhor, até que ele venha, e chova a justiça sobre vós. Araste a malícia, colheste a perversidade; comeste o fruto da mentira... Se queremos realmente as chuvas (bênçãos) é necessário preparar a terra (nossas vidas), arar, remover as sujeiras, os entulhos.

2. É tempo de lavrar em Campo Novo:

Campo novo é coração novo, é motivação nova. Campo novo é o mesmo de terra virgem que nunca foi trabalhada antes. Deus quer trabalhar no campo novo, pois, é preciso tirar toda a semente que não foi plantada pelo Senhor: (Mt.13.24-25): “ O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se”. Sendo assim, o ódio, a mágoa, a inveja, o rancor, a tristeza, a vingança, nada disto foi plantado pelo Senhor, é preciso tirar todas as sementes plantadas pelo inimigo, pois, Deus quer plantar algo novo em um coração novo.

3. Não semeeis entre os espinhos:

Isto significa que você não pode alimentar a semente maligna. Muitas vezes, percebemos sentimentos e atitudes que não nos pertencem e acabamos cultivando dentro de nós, e o pior é que acabamos cuidando, molhando e tratando; e a tendência da semente é germinar e criar raiz, ficando assim completamente enraizado dentro de nós: (Mt.13.22): “ o que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera”. A tendência dos espinhos é sufocar e deixar-nos completamente infrutíferos – pessoas com sentimentos malignos nunca poderão produzir bons frutos para o Reino de Deus.

Conclusão: Deus quer você frutífero, um campo novo, uma boa terra... e estando assim, você estará capaz de produzir frutos digno do Espírito: Jô.15.5: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanecer em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”.


Pr. Orlando Carrafa dos Santos

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