segunda-feira, 20 de outubro de 2008

MUDANÇA DE CARÁTER

Mudando o meu caráter (Ef. 5.1-21)

Nós nascemos como um ser especial em comparação com toda a criação de Deus, e temos um propósito na face da terra de seguir em direção ao criador e fazer por onde agrada-lo, sendo imitadores de Deus, como filhos amados (v.1), sendo uma imitação da própria semelhança de Deus.
Só que infelizmente, nem todos conseguem seguir o seu criador, e começam a seguir a criatura, que é o diabo, e a finalidade dele é descaracterizar a semelhança de Deus no ser humano, porque quanto mais longe de Deus, mais se perde a semelhança de Deus. Com o distanciamento o ser humano começa então a montar o seu próprio caráter seguindo a criatura e os seus caminhos.
A criatura trabalha e se estabelece em formar um caráter decaído nas pessoas oposto ao caráter que o Criador projetou para elas, usando primeiro a satisfação carnal, o seu meio social, e por último a aptidão a religiões que ferem o princípio de Deus, como idolatria, feitiçaria e sodonismo.
Para mudar o caráter decaído é preciso voltar para Deus na pessoa de Jesus Cristo, pois, é ele o nosso modelo de padrão para viver conforme a vontade de Deus na face da terra: “... até que todos cheguemos à unidade de fé e do pleno conhecimento do filho de Deus, a perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef. 4.13). Depois da pessoa se aproximar de Deus na pessoa de Jesus Cristo, ela precisa querer que o seu caráter venha mudar, para assim Deus começar a trabalhar estas mudanças, e o primeiro passo é viver de uma maneira totalmente diferente das pessoas que ainda não conhecem o Senhor: “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda a sorte de impureza. Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, se de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus” (Ef.4.17-21).
Esta mudança de caráter não é fácil, mas é necessária que aconteça numa vida que quer uma aproximação de Deus com mais profundidade e intimidade. Para isto é necessário renúncia e força de vontade. Paulo adverte que esta mudança está ao alcance de todos, e aconselha: “Aquele que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para a edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem... Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo, vos perdoou” (Ef.4.28-32).
Têm pessoas que infelizmente acham que são de um jeito e porque nasceram assim, acham que nunca vão mudar o seu caráter ou o seu jeito de ser. Ás vezes tem uma personalidade forte e preferem viver com um caráter decaído dado pela criatura (diabo) do que deixar Deus trabalhar e formar um novo caráter de Cristo Jesus. A atitude de uma pessoa com o caráter decaído pela criatura é fácil de conhecer, pois, sempre estará indo contra a si mesmo (Gl. 5.19), contra Deus (v.20), e contra o irmão ou outro ser humano (v.20b).
Tempo de igreja não muda ninguém. Só porque prega, escreve, ou leciona na Escola Dominical não quer dizer nada. Quem muda a pessoa é Jesus, só que para Jesus mudar, a pessoa precisa querer. Jesus está dizendo para você: Queres ser curado?
Pr. Orlando Carrafa

IGREJA DE PAPEL

IGREJA DE PAPEL
Certa vez uma igreja reconheceu algo muito importante para a sua caminhada de fé: Não estava conseguindo mais crescer e se desenvolver como antes. Então foi marcado o Concílio da Igreja para averiguar o que verdadeiramente estava acontecendo, e descobriram que a fé não estava mais sendo vivenciada como nos tempos primórdios.
A pergunta então passou a ser: O que fazer? Algumas pessoas falaram que precisava realizar mais ação social, outras acharam que deveria ter unidade com outras igrejas de cunho ecumênico, outras falaram que precisava de mais teologia, outras disseram que precisava de discipulado e outras pensavam em se fazer mais planejamento. Enfim, tiveram divergências de opinião. E alguém teve uma grande idéia: já que infelizmente nós não estamos conseguindo mais crescer como antigamente, então vamos pegar tudo isto que foi falado e vamos colocar no papel, criaremos muitas siglas para os projetos que teremos e sempre enviaremos para as igrejas, assim vão ver que estamos preocupados, e se não der certo nunca poderão nos cobrar de omissão pelo não crescimento da igreja.
Passaram-se mais de 30 anos e as coisas continuavam do mesmo jeito; e a quantidade de papéis que eles mandavam para as igrejas a cada ano aumentava assustadoramente, e não se resolvia nada. Decidiram, então, achar os culpados por esta “não-funcionalidade” dos papéis, e a culpa caiu sobre os pastores, que foram acusados de engavetarem os papéis. Desta forma, viram que todo o esforço pela funcionalidade dos papéis não estava tendo o retorno esperado. Além disto, estavam gastando milhões todos os anos com editoração, diagramação, criação de layout e gráfica. E sem contar ainda todos os planos estratégicos que quase de dois em dois anos enviavam para as igrejas, e estas até mesmo antes de colocarem em prática já estavam recebendo outros projetos, o que fazia parecer que já sabiam que o projeto enviado anteriormente não iria funcionar. Às vezes até mudavam a capa ou o modo: quando não era em forma de livro era em forma de apostila ou até mesmo em folhas de papel. Mas quase sempre era a mesma coisa e não trazia novidade, mudavam-se as caras e os nomes, e a problemática continuava enraizada no coração da igreja: não estavam crescendo como deveriam.
Jesus olhou lá de cima e disse para os seus anjos: vejam o que fizeram com a minha Igreja, pois, além de transformarem-na de um organismo vivo para uma organização, agora estão querendo transformar a minha Igreja em uma IGREJA DE PAPEL. Estão achando que um simples papel pode mudar a realidade da minha Igreja. Ai, se eles soubessem que eu não ajo em papéis, pois, papel não prega, papel não ouve, não se relaciona, não caminha, não se quebranta, não se comove... Se eles procurassem o meu Espírito Santo com intimidade iriam ver que a essência dele é fogo, e que tem o poder de queimar estes papéis até virar cinza. Aí sim, iriam entender que eu não ajo em papéis, mas ajo em cinzas, que representa renúncia, confissão, quebrantamento, concerto e aliança.
Jesus diz ainda: Ouça povo meu: Chega de papéis de estratégia, de consulta, de projetos, de siglas, pois, Eu sei que o que é projetado por vocês quase sempre não sai do papel. Eu estou cansado da vã esperança que vocês têm colocado no coração do meu povo, dizendo: Desta vez, vai dar certo! Agora vai!
E Jesus nos faz as seguintes perguntas: Servo meu, de quantas consultas missionárias você já participou? Quantas reuniões, palestras, seminários de louvor, de liderança, de crescimento, de discipulado e semana de atualização e reciclagem teológica? O que isto representou para o seu ministério, para sua vida espiritual, o que isto resultou em crescimento espiritual ou crescimento numérico para a sua igreja, a qual eu confiei ao seu pastoreio?
E com amor Ele nos adverte: Cuidado meu servo, eu não criei Igreja de Papel, pois, o papel se dobra, rasga, molha, queima e se desfaz. Eu quero a minha igreja ligada à cinza, pois há muitos pecados que precisam ser confessados, como o pecado da omissão, do abandono completo pela busca da santidade, pecado do autoritarismo, da falta de piedade, liberalismo e outros.
E ainda nos diz: Se querem crescimento espiritual e numérico, então abandonem os seus papéis e sigam os exemplos da minha Igreja no início, e comecem a me buscar verdadeiramente, e mostrem ao meu povo o caminho da santidade, do jejum, dos cultos vivos, da paixão pelas vidas, do compromisso, do avivamento genuíno, da Palavra, e da oração.

Pr.Orlando Carrafa dos Santos
Cachoeiro do Itapemirim, 17 de Junho de 2008
prcarrafa@hotmail.com